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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

JAMAIS?


Uma vez, cansada de lidar com gente, disse aos berros: “Arrghh, queria lidar só com papel, porque lidar com gente é muito difícil!!”. Mas isso foi a muitos anos. De lá pra cá já mudei de opinião, e é incrível como perceber coisas óbvias podem mudar a nossa vida. Ao invés de adotar com as pessoas o princípio do “Jamais!!” aprendi o “ Já! Mas...” Já fui caluniada, desacreditada, questionada, desonrada, esquecida, dispensada, abandonada, criticada e desprezada. Já! Mas...

Muitas coisas que já fizeram comigo, eu já fiz para alguém, às vezes até sem querer. Porque tem coisas que você erra mesmo e tem coisas que as pessoas te interpretam mal. Mas de qualquer forma, querendo ou sem querer, com certeza feri alguém. Aprendi que eu era injusta em minhas expectativas. Não posso esperar das pessoas a perfeição e a maturidade que eu mesma ainda não alcancei.

Percebi que somos muito engraçados e incoerentes. Quando falamos das nossas mancadas, temos uma série de explicações perfeitas, que justificam tudo. Mas quando avaliamos as mancadas alheias somos cruéis e perfeccionistas. É uma balança viciada. Eu sei que existem situações complicadas, pois não dependem só de você. Às vezes as pessoas fecham a porta da comunicação, te despistam ou simplesmente se vão. Não se preocupe, Deus sabe até onde você realmente tentou. Mas nem é disso que eu estou falando.

Estou dizendo para que, em seu coração, você não deixe de acreditar nas pessoas. Pois assim como você, elas são alvo do amor de Deus, e ele não desistiu de absolutamente nenhuma delas. Se você desistir, significa que você se acha mais justo do que Deus, o que seria uma grande heresia. Além de tudo isso, vale a pena lembrar que desistir das pessoas é um direito que o cristão não tem. Deus nos deu muitos direitos, mas nos privou deste, porque a base do cristianismo é o amor, e sem pessoas ele é impraticável. Não há como exercitar o perdão se não estivermos expostos a sermos magoados. Não há como amar incondicionalmente, se não houver condições desfavoráveis para o amor. Se não for assim, o mandamento carece de sentido.

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